O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, que está preso há mais de três anos, assinou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal em que se compromete em devolver R$ 380 milhões aos cofres públicos. Ele já foi condenado em dez ações criminais a penas que somam 266 anos.
Segundo o repórter Pedro Paulo Filho, da Record TV, a delação foi enviada ao Supremo Tribunal Federal e ainda depende de homologação pelo ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), por envolver autoridades com foro privilegiado.
Entretanto, a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifestou contra a validação do acordo.
Em depoimento à 7.ª Vara Federal Criminal em fevereiro deste ano Sérgio Cabral chegou a confessar pela primeira vez os crimes. "Meu apego a poder e dinheiro é um vício", disse ele.
O teor do acordo é mantido em sigilo, mas está previsto que o ex-governador se comprometa a devolver o montante de dinheiro, obtido, segundo a Justiça, através
de propina em um esquema de corrupção enquanto governou o Rio de Janeiro.
Mesmo se for aprovado, o acordo de delação não determina quais os benefícios penais, por isso não é possível saber quando Cabral sairá da prisão.
Procurada, a defesa do ex-governador informou que não vai se manifestar sobre o assunto.