O verão é um convite para a convivência ao ar livre, mas é preciso evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação UV para prevenir os tumores de pele. A orientação vai desde o uso de protetor solar até as barreiras físicas, como roupas adequadas, óculos de sol, chapéus e bonés, entre outros itens.
Segundo estatísticas, o público masculino ocupa o maior número de casos letais da doença e, para alguns tipos de câncer, os homens respondem pelo dobro de ocorrências. “Eles ainda resistem ao uso do protetor solar. Esse é um comportamento que precisa ser modificado como forma de prevenir o câncer da pele”, alerta Ramon Andrade de Mello, médico oncologista, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal).
O câncer da pele corresponde por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer). A instituição registra 180 mil novos casos a cada ano. De acordo com as estatísticas de 2015, o número de mortos pela doença no país foi de 1.012 homens e 782 mulheres.
O oncologista aponta algumas das características do tumor: “Ele tem aparência elevada e brilhante, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida e que sangra facilmente. É ainda uma pinta preta ou castanha que muda de cor e textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho”, orienta Mello. Outra característica é uma mancha ou ferida que não cicatriza e continua a crescer, apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Ramon Andrade de Mello explica que, na maioria dos casos, a cirurgia é o tratamento mais adequado. Dependendo do estágio do câncer, é recomendada a radioterapia e a quimioterapia. “Hoje, já contamos com novos tratamentos que apresentam altas taxas de sucesso terapêutico”, aponta o médico.