O filme paraibano “Desvio”, do cineasta Arthur Lins, é o grande vencedor do 14º Festival do Audiovisual Brasileiro (Fest Aruanda 2019), recebendo sete prêmios, incluindo o de melhor filme, na cerimônia que aconteceu no Cinépolis do Manaíra Shopping, em João Pessoa, na noite da quarta-feira (4).
“Desvio” conta a história de Pedro (Daniel Porpino), que recebe o direito de uma saída temporária da cadeia para visitar a família que mora em Patos, no Sertão paraibano. Neste curto tempo, ele confronta os antigos fantasmas e planeja novos rumos de vida, enquanto descobre em Pâmela (Annie Goretti), uma prima adolescente, a mesma chama que queimava no peito quando ele era jovem.
Além de melhor filme do Fest Aruanda 2019, “Desvio” também levou os prêmios de melhor roteiro (Arthur Lins); melhor direção de arte (Shiko); melhor trilha sonora (Vitor Colares); melhor ator (Daniel Porpino); melhor direção (Arthur Lins) e melhor longa no júri popular.
A Mostra Competitiva Nacional de Curtas e Longas-metragens teve um júri formado pelo jornalista e escritor Fernando Morais, pelo ator Marco Ricca e pela atriz Suzy Lopes.
No geral, os filmes paraibanos receberam 19 prêmios no festival, com obras diversas e em diferentes categorias. O curta-metragem “Quitéria”, de Tiago A. Neves, levou o prêmio de melhor curta e melhor atriz (Arly Arnaud) na Mostra Sob o Céu Nordestino. “Faixa de Gaza”, de Lúcio César Fernandes, ganhou os prêmios de melhor direção, som, ator e Júri Abraccine de melhor curta-metragem.
O documentário “Brasil, Cuba”, de Bertrand Lira, conseguiu dois prêmios de fotografia, em ambas as mostras competitivas. Já o longa documental “Jackson – Na Batida do Pandeiro”, de Marcus Vilar e Cacá Teixeira, ganhou um prêmio de melhor personagem masculino e o Prêmio Especial do Júri.
Prêmios importantes do festival também foram concedidos a “Soldados da borracha”, de Wolney Oliveira, que foi o melhor longa da mostra Sob o Céu Nordestino e do Júri Popular, além de receber prêmios de som, trilha sonora e montagem; “Currais”, de David Aguiar e Sabina Colares, com prêmios de direção, fotografia, direção de arte e atriz (a paraibana Zezita Matos); “Indianara”, de Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa, que recebeu o Prêmio Júri Abraccine de melhor longa, melhor figurino e Menção Honrosa a Indianare Siqueira; o curta “Apenas o que você precisa saber de mim”, de Maria Augusta Nunes, com melhor direção, figurino, atriz e melhor curta da Mostra Competitiva Nacional de Curtas e Longas-metragens; e “Pacificado”, com fotografia, ator, atriz e Menção Honrosa à atriz Lea Garcia.
A noite de encerramento do festival teve, além da premiação, uma homenagem a Mônica Botelho, idealizadora e diretora-geral do Cineport, que recebeu o Troféu Aruanda de Contribuição à Produção Cultural na Paraíba. Ela foi representada pela filha, Clara Botelho. Sivuca também foi premiado, in memoriam, pela Criação de Trilhas Sonoras para Filmes Brasileiros. A viúva dele, Glorinha Gadelha, recebeu o troféu.
Veja a lista de vencedores do Fest Aruanda 2019
Mostra Competitiva Nacional de Curtas e Longas-metragens
Curtas:
- Som – Felipe Grytz, por “Gravidade”
- Edição – Daniel Kfouri e Diógenes Moura, por “Um”
- Figurino – “Apenas o que você precisa saber de mim”
- Roteiro – Kennel Rogis e Adrianderson Barbosa, por “O grande amor de um lobo”
- Fotografia – Arturo de la Garza, por “Brasil, Cuba”
- Direção de arte – Daniel Kfouri, por “Um”
- Trilha sonora – “Nadir”
- Atriz – Alice Doro, por “Apenas o que você precisa saber de mim”
- Ator – Jean Claude Bernardet
- Direção – Maria Augusta Nunes, por “Apenas o que você precisa saber de mim”
- Melhor curta júri popular – “O grande amor de um lobo”, de Kennel Rogis e Adrianderson Barbosa
- Melhor curta – “Apenas o que você precisa saber de mim”
Longas:
- Som – Vasco Pimentel, por “Partida”, de Caco Ciocler
- Edição – Tiago Marinho, por “Partida”, de Caco Ciocler
- Figurino – “Indianara”
- Roteiro – Arthur Lins, por “Desvio”
- Fotografia – Laura Merians, por “Pacificado”, de Paxton Winters
- Direção de arte – Shiko, por “Desvio”
- Trilha sonora – Vitor Colares, por “Desvio”
- Melhor atriz ou personagem retratada – Georgette Fadel, por “Partida”, e Débora Nascimento, por “Pacificado”
- Menção Honrosa – Lea Garcia, por “Pacificado”
- Ator – Daniel Porpino, por “Desvio”, e Bukassa Kabengele, por “Pacificado”
- Direção – Arthur Lins, por “Desvio”
- Melhor longa Júri Popular – “Desvio”, de Arthur Lins
- Melhor longa – “Desvio”, de Arthur Lins
- Prêmio Especial do Júri – “Partida”, de Caco Ciocler
- Menções Honrosas – “Barretão”, de Marcelo Santiago, e Indianare Siqueira
Mostra Sob o Céu Nordestino
Curtas:
- Som – Diogo Rocha, por “Faixa de Gaza”
- Montagem – Kennel Rogis, por “O grande amor de um lobo”
- Roteiro (dois prêmios) – Ana Dinniz, por “Fim”, e Mailsa Passos, Rita Ribes e Virgínia Oliveira, por “Costureiras”
- Fotografia – Arturo De la Garza, por “Brasil, Cuba”
- Ator ou Personagem Masculino – Paulo Phillipe, por “Faixa de Gaza”
- Atriz ou Personagem Feminino – Arly Arnaud, por “Quitéria”
- Direção – Lúcio César Fernandes, por “Faixa de Gaza”
- Melhor curta – “Quitéria”, de Tiago Neves
- Melhor curta pelo júri popular – “O grande amor de um lobo”, de Kennel Rógis e Adrianderson Barbosa
Longas
- Som – José Loureiro, Fernando Cavalcante e Lênio Oliveira, por “Soldados da borracha”
- Montagem – Mair Tavares e Leyda Nápoles, por “Soldados da b orracha”
- Roteiro – Vânia Perazzo Barbosa Hlebarova, por “O que os olhos não veem”
- Fotografia – Petrus Cariry, por “Currais”
- Direção de Arte – Carolinne Vieira, Sabina Colares e Thaís de Campos, por “Currais”
- Trilha Sonora – DJ Dolores, por “Soldados da Borracha”
- Atriz ou Personagem Feminino – Zezita Mattos, por “Currais”
- Ator ou Personagem Masculino – Jackson do Pandeiro, por “Jackson, na Batida do Pandeiro”
- Direção – Sabina Collares e David Aguiar, por”Currais”
- Melhor longa – “Soldados da borracha”, de Wolney Oliveira
- Melhor longa Júri popular – “Soldados da borracha”, de Wolney Oliveira
- Prêmio Especial do Júri – “Jackson – Na batida do pandeiro”, de Marcus Vilar e Cacá Teixeira
Prêmio Júri Abraccine
- Melhor Curta – “Faixa de Gaza”, Lúcio César Fernandes
- Melhor Longa-metragem – “Indianara”, de Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa