O governador João Azevêdo (sem partido) reagiu à nota da executiva estadual do PSB que lhe chamou de “traidor e dissimulado”, após sua decisão em deixar o partido.
“É mais um ato raivoso que sai. Eu acho que as coisas não são dessas formas. O povo da Paraíba sabe muito bem que durante todo esse ano jamais teve uma atitude minha que fosse nessa direção. As pessoas tem que explicar porque fizeram aquela dissolução, isso é o que mais interessa. São águas passadas, a vida segue e nós vamos buscar outras agremiações”, disse.
João pontuou que a demissão de ex-auxiliares investigados na Operação Calvário possa ter contribuído para crise, mas lembrou que o ápice foi a dissolução do partido.
“Eu acho que é um somatório de coisas. É provável que tenha influenciado, mas essa resposta tem que ser dada por quem provocou pelo fato de ter sido nomeado um presidente de partido como secretário e consequentemente acontecido a dissolução. A Paraíba está vendo. Como eu era o secretário como ele [Ricardo Coutinho] anunciado como primeiro-ministro, homem de confiança e agora eu não toco nenhuma obra. É preciso ter respeito pelas memórias das pessoas. São dois discursos incompatíveis”, considerou.
O governador contrariou à fala de Coutinho, que acusou Azevêdo de exonerar militantes.
“A fala é dele. Eu quero saber quem são esses militantes que foram demitidos. As pessoas que foram exoneradas precisaram ceder o lugar para dar uma maior contribuição ao governo, com compromisso, frequência. Nada mais do que isso. Não desço a discussão para fazer perseguição a funcionário. Quem tem compromisso para fazer o destino de uma secretaria vou cobrar, se não tiver no patamar vai sair do governo”, destacou.