Na Paraíba, entre os anos de 2017 e 2018 foram diagnosticados 1.282 novos casos de HIV. No ano de 2019 até o mês de outubro foram diagnosticados 470 novos casos de HIV, valor esse que quando comparado ao mesmo período do ano de 2018 (518 novos casos) representa uma redução de 9,2% no diagnóstico de novos casos de HIV.
De acordo com o boletim epidemiológico do Estado da Paraíba, no ano de 2018 ao menos uma pessoa município de Conceição morreu vítimas de AIDS. Nenhuma outra cidade do Vale do Piancó teve óbito de pacientes confirmado. O mapa consta abaixo da reportagem.
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Em relação aos casos de Aids notificados do ano de 2017 para 2018, na Paraíba, não tivemos um aumento significativo, passando de 428 casos notificados para 430 casos, respectivamente. No ano de 2019 até o mês de outubro foram notificados 281 novos casos de Aids, valor esse comparado ao mesmo período do ano de 2018 ( 358 casos) apresenta uma redução de 21,5% dos casos de Aids notificados.
Quando avaliamos a taxa de detecção de Aids de 2017 ( 10,6 casos por 100mil habitantes) e a de 2018 ( 10,8 casos por 100mil habitantes) não observamos variação significativa, porem no mesmo período avaliado em 2018 e 2019 observamos um aumento na taxa de detecção que passou de 6,9 em 2018 para 8,9 casos por 100mil habitantes em 2019.
Dessa forma, observamos que as ações de testagem descentralizada nos municípios para fácil acesso a população devem ser implementadas em todo o Estado. Auxiliando no aumento dos casos notificados para HIV, pois com a ampliação do acesso e diagnóstico poderemos assim validar essa redução do número de casos de Aids, no período avaliado em 2019, como uma tendência ou não.
INFECÇÃO PELO HIV EM MENORES DE CINCO ANOS Taxa de detecção de aids em menores de cinco tem sido utilizada como indicador para o monitoramento da transmissão vertical do HIV. Nos anos de 2017 e 2018 não tivemos casos notificados em menores de 5 anos já em 2019 tivemos 02 casos de transmissão vertical de HIV, esses casos de transmissão, estão sendo avaliados pelo comitê Estadual de Transmissão Vertical e as possíveis causas deve-se provavelmente a diagnósticos tardios e transmissão via amamentação em período puerperal ou pós puerperal.
TRATAMENTO Fortalecer a adesão ao tratamento é uma ação que tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida e prolongar a sobrevida das Pessoas que Vivem com HIV/aids (PVHA). O tratamento é ofertado a todos os pacientes que tem a confirmação do diagnóstico. A boa adesão à Terapia Antirretroviral (TARV) traz grandes benefícios individuais, como o aumento da expectativa de vida e o não desenvolvimento de doenças oportunistas, como também reduz a probabilidade de transmissão do vírus. Na Paraíba temos hoje 7.132 pessoas em Tratamento de Antirretroviral (TARV), a medicação é distribuída regularmente dentro de 09 serviços de dispensarão de forma mensal via sistema SICLOM.
MORTALIDADE No ano de 2018 foram registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) um total de 129 óbitos por causa básica aids (CID10: B20 a B24), os municípios com maiores números de óbitos são: João Pessoa (36), Campina Grande (12), Santa Rita (8), Cabedelo (06), Bayeux (05) e Queimadas (05) (Figura 7). Destes 93 (72,1%) eram do sexo masculino e 36 (27,9%) do sexo feminino.
Quando distribuímos esses óbitos por faixa etária observamos que de 30 a 49 anos correspondeu 58,2% (75 óbitos) dos óbitos ocorridos em 2018. E dentro dessa faixa etária de maior ocorrência tivemos 54 destes óbitos no sexo masculino, demais (21 óbitos) no sexo feminino.
De acordo com a distribuição de detecção dos casos de HIV temos a maior incidência na 1ª,14ª e 16a Região de Saúde quando observamos o ano de 2019. Comparado com o ano de 2018 observa-se que mesmo com a descentralização dos testes rápidos para as Unidades de Saúde da Família não observamos um aumento na detecção de novos casos.
No ano de 2019, observa-se que as na 1ª e 14ª Regiões de Saúde apresentam as maiores taxas de detecção de Aids. Comparado com o ano de 2018 observase uma redução em todas as demais regiões, exceto a 11a e 13a Região de Saúde (Figura 1). No ano de 2019 , até o período avaliado, os municípios de maiores incidências da 1ª região são: Cruz do Espírito Santo, Sapé, Pitimbu, Bayeux e Lucena e na 14ª região foram: Jacaraú, Mamanguape, Marcação, Baia da Traição.