O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta 5ª feira (14.nov.2019), que os congressistas que o acompanharem na mudança de partido o farão por amor, uma vez que o seu novo partido, a Aliança pelo Brasil, não deve levar recursos do Fundo Partidário do PSL.
“Vou começar 1 partido pobre, sem dinheiro, sem televisão, quem for para lá, vai por amor. É igual casamento, a gente casa por amor”, afirmou o presidente.
A declaração foi dada na live semanal, em seu perfil no Facebook. O presidente ainda disse que sua saída do PSL está prevista para os próximos dias.
“É uma separação amigável. Boa sorte ao presidente do partido, àqueles que apoiaram o presidente do partido, que todos sejam muito felizes e sigamos cada um o seu caminho”, comentou Bolsonaro.
Sobre a criação do novo partido, o militar declarou que ainda não há certezas e que a legenda ainda está em fase de estudo.
Caso leve adiante a ideia de criar 1 novo partido, conforme prometido, o presidente Jair Bolsonaro precisa fazê-lo em tempo recorde se quiser que a nova sigla já esteja apta para disputar as eleições municipais de 2020.
Levantamento do Poder360 mostra que a média de criação dos últimos 6 partidos –sem contar com o Patriota, antigo PEN– foi de 3 anos e 5 meses. Esse tempo leva em conta a coleta de assinaturas (pelo menos 490 mil distribuídas em 9 Estados), a tramitação do processo e o julgamento do no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
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Volta do voto impresso
Nesta noite, Bolsonaro voltou a questionar a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro. Na ocasião, o presidente aproveitou a atual situação política na Bolívia, onde Evo Morales renunciou à Presidência, no domingo (10.nov.2019), sob a acusação de fraudar o resultado do pleito, para falar sobre a necessidade de 1 projeto que permita o processo de auditoria das eleições, no Brasil.
“Nós temos a obrigação de termos 1 sistema de votação confiável”, disse. Segundo o presidente, é possível que algum projeto de lei que aborde o tema seja votado até o início de 2020.
Jair fez a defesa da aplicação do voto impresso no Brasil, em sua primeira manifestação pública a respeito da saída de Evo Morales do posto de presidente da Bolívia.
Não existiu ditadura
Bolsonaro afirmou que nunca existiu ditadura no Brasil. A declaração se referia aos questionamentos sobre a edição do Enem 2019 não tratar sobre o tema.
O presidente disse que a 2ª etapa da prova, que foi realizada no último domingo, foi realizada sem problemas, sem “incentivar a garotada sobre certos tipos de linguajar”, diferente de edições passadas.
“Nunca houve ditadura no Brasil, que ditadura foi essa? onde vc tinha direito de ir e vir e direito de expressão. Não vou entrar em polêmica, quer chamar de ditadura, pode continuar chamando”, comentou o presidente.
Propaganda da Caixa
O capitão reformado do Exército também fez uma série de propagandas para a Caixa Econômica Federal.
Ao lado do presidente do banco, Pedro Guimarães, Bolsonaro recomendou que os correntistas que utilizarem o limite do crédito especial migrem para a Caixa.
“Pessoal, vem para Caixa, pô, já que você quer entrar no cheque especial. Se você não quiser, tudo bem, continua no seu banco aí”, declarou.