Em um relatório enviado ao Ministério Público do Rio de Janeiro, a Polícia Federal pede a investigação do delegado Rivaldo Barbosa, da Polícia Civil do Rio, sob a suspeita de ter recebido propina de R$ 400 mil para obstruir as investigações sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.
Em uma conversa telefônica, Barbosa surge como o recebedor do valor para atrapalhar a resolução do crime. Neste domingo, 10, o relatório da PF foi publicado pelo UOL.
“Foram trazidas suspeitas de suposta corrupção envolvendo servidores da Delegacia de Homicídios, especificamente sobre o então chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, e servidores a ele relacionados, notadamente chefes da equipe de investigação da Delegacia de Homicídios”, disse o delegado federal Leandro Almada.
Barbosa negou as acusações.
O crime
Na noite de 14 de março de 2018, Marielle foi convidada para mediar um debate com jovens negras no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro. Quando deixou o local, por volta das 21h, entrou no carro do motorista Anderson Gomes com a assessora Fernanda Chaves. No meio do trajeto, o veículo foi perseguido por outros dois; 13 tiros foram disparados: 9 acertaram a lataria e os outros 4, o vidro. A vereadora e Anderson foram atingidos e morreram no local. Fernanda ficou ferida pelos estilhaços. Os carros fugiram sem levar nada.
Quase dois meses após a ocorrência, em maio de 2018, uma testemunha deu à polícia indícios de envolvimento do vereador Marcello Siciliano (PHS) e o ex-PM e miliciano Orlando Curicica com o caso.