Mariam Nabatanzi, aos 36 anos, já tinha dado à luz 44 vezes. Seis filhos não sibreviveram. Assim, a moradora de um pobre vilarejo e Uganda tem o recorde de 38 filhos aos 40 anos. Recente e finalmente, Mariam passou por cirurgia para deixar de procriar, um desejo que ela alimentava havia muitos anos.
A ugandense teve o primeiro par de gêmeos aos 12 anos, não muito tempo após ter se casado com um homem 28 anos mais velho. De acordo com médicos, Mariam possuía ovários muito grandes, o que fazia com que ela ovulasse múltiplas vezes a cada ciclo e a deixava, obviamente, mais fértil.
Aos 23 anos, Mariam já tinha 25 filhos. Nessa época, ela já implorava que os médicos interviessem para que ela deixasse de engravidar. Porém eles diziam que tomar pílula anticoncepcional poderia acarretar sérios problemas de saúde, por causa do tamanho dos ovários.
Ao todo, a ugandense teve seis pares de gêmeos, quatro casos de trigêmeos e três outros de quadrigêmeos, além de gestações "mais simples", com apenas um bebê no ventre.
Mariam foi abandonada pelo marido há cerca de três anos, mesma época do nascimento do seu último par de gêmeos – um deles morreu. Sozinha, ela consegue criar todos os filhos em quatro casebres, onde os filhos dividem camas e outros dormem no chão. A mulher faz bicos como cabeleireira e decoradora de eventos, recolhe sucatas, participa da colheita de café, produz o próprio gin e medicamentos à base de ervas.
Os mais velhos ajudam a criar os mais novos.
"Todo o meu tempo é gasto cuidando dos meus filhos e trabalhando para ganhar algum dinheiro. Assumi resposanbilidades de adulta muito cedo. Não me divirto desde que nasci", disse Mariam, em reportagem publicada no "Daily Mirror".
A esterilização de Mariam foi feita em hospital de Kampala, capital do país.
"O caso dela é predisposição genética para hiperovular, que libera vários óvulos em um ciclo, o que aumenta significativamente a chance de ter múltiplos bebês. É sempre genético", comentou Charles Kiggundu, médico que cuidou de Mariam.
Mulheres têm, em média, 5,6 filhos em Uganda – uma das taxas mais altas da África. O caso de Mariam superou em muito o padrão já altíssimo.
"O médico disse que cortou o meu útero por dentro", declarou Mariam.