O ministro-chefe da Secretaria de Governo da gestão Bolsonaro, General Ramos, esteve em João Pessoa na última sexta-feira, 4, e recebeu das mãos de representantes da Famup (Federação dos Municípios da Paraíba) uma carta com várias reinvindicações dos prefeitos paraibanos, mas durante o evento os gestores que presidem as associações regionais de prefeitos também tiveram a oportunidade de falar diretamente ao ministro.
Conforme um dos gestores municipais que estiveram no encontro, o prefeito de Pedra Branca, Allan Bastos, que é presidente da Amvap (Associação dos Municípios do Vale do Piancó) e integra a diretoria da federação, “o encontro foi positivo porque a gente teve oportunidade de dizer para ele o que ninguém nunca disse”, comentou o prefeito referindo-se aos vários problemas elencados pelos gestores.
“Eu comecei minha fala dizendo ao ministro que era do Vale do Piancó, uma região com mais de 150 mil habitantes, e que a nossa pauta prioritária, nossa maior necessidade regional é o 3º eixo da transposição (inclusão do rio Piancó com mais uma entrada de água na Paraíba), porque há muito tempo se vem lutando por isso e que, agora, inclusive, a fase de projeto já está sendo superada, e que a gente cobra um posicionamento do Governo Federal em relação ao início desse eixo”, comentou Allan rememorando o que disse ao ministro.
O prefeito também reivindicou a tomada de providência emergencial do governo em relação ao programa Minha Casa, Minha Vida. Allan falou da paralisação de milhares de moradias no Nordeste e pediu a contratação de novas residências, “porque o déficit habitacional é um problema que não é só de Pedra Branca, não é só da Paraíba, é um problema de todo o Nordeste e, aliás, de todo o Brasil”.
O presidente da Amvap também tratou de temas mais emergenciais para as Prefeituras, principalmente uma maior descentralização de recursos financeiros para que os municípios tenham condições de tocar os projetos federais, porque ganharam muitas responsabilidades do Governo Federal nos últimos anos, mas têm pouca condição financeira para arcar com tanta demanda. “O ministro mostrou desconhecimento sobre os problemas e não apresentou solução, mas prometeu dar um retorno a todas as solicitações, e eu achei positivo o encontro, e vamos esperar a liberação de alguma coisa”, comentou.