Os trabalhadores dos Correios da Paraíba encerraram na noite desta terça-feira (17) a greve que havia começado no dia 11 de setembro, para reivindicação da reposição salarial da categoria. A decisão foi tomada durante uma assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Correios e Telégrafos da Paraíba (Sintect).
Segundo o presidente do sindicato, Tony Sérgio, a categoria manteve 70% do efetivo em atividade por causa de uma decisão judicial, durante os seis dias em que a paralisação durou. De acordo com ele, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) deve julgar a reivindacação da classe no próximo dia 2 de outubro.
Segundo o secretário de comunicação do sindicato, Alex Albino, a categoria permanecerá em estado de greve. Ainda de acordo com ele, isso indica que uma nova paralisação pode acontecer em breve.
Alex disse também que a empresa ainda deve se organizar para colocar em dia as entregas que não foram feitas durante a greve.
Reivindicação
De acordo com o diretor do sindicato, Fael Paiva, desde julho os trabalhadores estão em campanha salarial, no entanto, ele informou que não houve negociação. A superintendência dos Correios, na Paraíba, esclareceu que houve dez encontros "na mesa de negociação com os representantes dos trabalhadores, quando foi apresentada a real situação econômica da estatal e propostas para o acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado na ordem de R$ 3 bilhões". Conforme a nota, as federações expuseram propostas que superam ao faturamento anual da empresa.
A principal reivindicação, segundo o sindicato, é a reposição salarial de acordo com a inflação e os benefícios integrais no valor acumulado da inflação do período agosto de 2018 a julho de 2019. Além disso, os trabalhadores pedem manutenção de cláusulas sociais e aumento de salário no valor de R$ 300 linear.
Conforme o Sintect, a proposta da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) reduziria a reposição salarial para 0,8% de reajuste, o que representa R$ 13 no salário-base de carteiro.