O cantor paraibano Pinto do Acordeon foi reconhecido com o título "Mestre das Artes Canhoto da Paraíba". A homenagem foi oficializada pela Secretaria de Cultura do Estado através de uma publicação no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (17).
O título de Mestre das Arte’ foi criado pela Lei Estadual º 7.694, conhecida como Lei Canhoto da Paraíba. Ela é uma homenagem ao músico Francisco Soares de Araújo, conhecido como Canhoto da Paraíba, que morreu em 2008. O objetivo é proteger e valorizar os conhecimentos, fazeres e expressões das culturas tradicionais paraibanas.
Por meio do Registro no Livro de Mestres das Artes (REMA), as pessoas que contribuem há mais de 20 anos com atividades culturais na Paraíba recebem o título de “Mestres e Mestras”, ao terem suas artes reconhecidas.
O Conselho Estadual de Cultura (Consecult/PB) e o Governo da Paraíba são responsáveis pela publicação do edital que atualiza a lista. De acordo com o documento, o título é oferecido para pessoas que fazem a cultura popular, em áreas como dança, brincadeira, música, folguedo, arte visual e outras atividades, e que por tradição oral receberam e repassam para as novas gerações.
O último edital da Lei Canhoto da Paraíba foi publicado em 2017. E foi justamente com base nele que Pinto do Acordeon foi escolhido. Com a concessão do título, os Mestres e Mestras das Artes recebem o reconhecimento da arte, e também um valor correspondente a dois salários mínimos mensais como forma de amparar suas atividades.
Francisco Ferreira Lima, o Pinto do Acordeon, nasceu no município de Conceição, no Sertão paraibano. Se tornou popular a partir de apresentações que realizava junto a trupe de Luiz Gonzaga. Ele gravou cerca de 20 álbuns durante a carreira. ‘Neném Mulher’ é uma das músicas mais conhecidas do repertório.
Recentemente, a obra dele se tornou Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado da Paraíba, após uma lei ser aprovada na Assembleia Legislativa do estado.