Os trabalhadores dos Correios da Paraíba entraram em greve por tempo indeterminado a desde a última quarta-feira (11). A decisão foi tomada em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores de Correios e Telégrafos da Paraíba (Sintect), realizada na noite desta terça-feira (10). Segundo o diretor sindical Rafael Paiva, o movimento deve se estender até a próxima terça-feira, quando os empregados da empresa participarão de uma assembleia em nível nacional que vai decidir se a greve continua ou não.
Na Paraíba, trabalham nos Correios cerca de 1.400 funcionários e, desse total, aproximadamente 600 que trabalham na distribuição e entrega de correspondências aderiram ao movimento grevista. A principal reivindicação, segundo o sindicato, é a reposição salarial de acordo com a inflação e os benefícios integrais no valor acumulado da inflação do período agosto de 2018 a julho de 2019. Além disso, os trabalhadores pedem manutenção de cláusulas sociais e aumento de salário no valor de R$ 300 linear.
Mesmo com a direção da empresa tendo entrado com uma ação de dissídio coletivo quinta-feira passada no Tribunal Superior do Trabalho (TST), com o objetivo de acabar com a greve e não comprometer ainda mais a situação financeira dos Correios, o diretor do sindicato da categoria na Paraíba, Rafael Paiva, informou que essa é uma das maiores greves da categoria. “As correspondências que deveriam estar sendo levadas para o interior do Estado desde o dia 10 estão encalhadas na sede da empresa em João Pessoa porque nos demais municípios da Paraíba não há funcionários para receber o material. Aqui, só quem entrou em greve foram os carteiros. Já as pessoas que trabalham na área administrativa continuam dando expediente”, comentou o sindicalista.