A polícia inglesa parece ter chegado a uma conclusão para um dos casos mais misteriosos do ano. Em março, a diretora de cinema francesa Laureline Garcia-Bertaux havia sido encontrada morta e enterrada no jardim da sua casa em Londres. Agora, seis meses depois, seu ex-namorado, o dublê estoniano Kirill Belorusov foi indiciado como assassino no caso – ele nega as acusações.
Segundo a procuradoria inglesa, o dublê estrangulou sua ex-namorada até a morte, depois amarrou seus pés e mãos atrás das suas costas, colocou o corpo em um saco de lixo e a enterrou no jardim do flat em que ela morava.
O caso fica ainda mais complexo por conta do comportamento de Kirill após o assassinato. De acordo com a acusação, o dublê usou a internet de Laureline para assistir pornografia. "Pouco antes das 16 horas, ele entrou na internet e começou a procurar por cassinos online. Às 16h, ele usou a internet por 11 minutos para ver diferentes filmes pornográficos no site Pornhub", contou o procurador Oliver Glasgow, em entrevista ao jornal Daily Mail.
Além disso, Kirill conversou com amigos da sua ex-namorada, se passando por ela enquanto usava seu celular. Nas mensagens, ele falou que ela havia feito compras no shopping, conhecido uma nova pessoa e saído para encontrar com ela. "E eu encontrei um cara interessante. Talvez eu vá tomar um café com ele mais tarde, preciso ir e cuidar dos meus bebês (seus dois cachorros) então não posso ficar muito", escreveu o dublê enquanto fingia ser Laureline.
E enquanto tudo isso acontecia, o dublê trocava mensagens de amor com a sua atual namorada, que também mora em Londres. "Eu mataria por você e mentiria por você. Eu faria praticamente qualquer coisa por você", escreveu Kirill em mensagens para ela.
Segundo o processo, o DNA do dublê foi encontrado na corda usada para enforcar a diretora. Kirill nega todas as acusações e o processo segue nas cortes inglesas.