Uma operação fiscalizou cinco hospitais, 40 unidades básicas de saúde e 12 estabelecimentos comerciais do município de Patos esta semana. A Operação Salus foi realizada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), Vigilâncias Sanitárias do Estado e do Município de Patos, Corpo de Bombeiros e Conselhos Regionais de Medicina, Farmácia e Enfermagem.
A operação foi coordenada pelo 8° promotor de Justiça de Patos, Uirassu Medeiros, com o apoio do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do MPPB (MP-Procon).
De acordo com o promotor, durante a operação três problemas do Hospital Regional de Patos tiveram solução ou encaminhamento para solução. Foi resolvido o problema de reuso de compressas (material descartável) e encaminhada uma solução para a sala de diluição de saneantes, durante reunião na Promotoria de Patos, com definição de providências imediatas para desinterdição.
Também foi celebrado um termo de ajustamento de conduta em relação à alimentação da unidade, no qual o hospital se comprometeu a contratar apenas fornecedores de alimentos com alvará da Agevisa.
Nas UBSs, a Agevisa e a Vigilância Sanitária de Patos fizeram duas interdições e 14 suspensões. Foram registradas 20 notificações por ausência de certificado do Corpo de Bombeiros. Também houve autuações por funcionamento sem farmacêutico e ficou constatado que não existe dispensação de medicamentos.
No Hospital Ginecam (Clínica e cirurgia), o Coren verificou que não tem normas de rotinas do serviço de enfermagem, inadequação de escala de serviço e inexistência de processo de enfermagem. Já o Corpo de Bombeiros apontou a ausência de sinalização de extintores e de fluxo, registro de mangueira de glp vencidos e notificou o estabelecimento para regularizar no prazo de 30 dias. A Agevisa apreendeu medicamentos e produtos de saúde vencidos também notificou para regularizar no prazo de 20 dias.
No Hospital São Francisco, o Corpo de Bombeiros constatou que falta executar o projeto de combate a incêndio e ausência de sinalização, concedendo prazo de 30 dias para regularização. A Agevisa apreendeu produtos de saúde e identificou irregularidades como ausência de lavatórios. O CRM apontou que a central de oxigênio necessita ter sua capacidade aumentada; a falta de elevador, considerando que são três andares e o centro cirúrgico funciona no segundo. Já o CRF encontrou saneantes, luvas e sondas nasogástricas com data de validade vencida e apontou a necessidade de contratação de mais farmacêuticos.
Já o Hospital do Bem foi autuado por falta de farmacêutico com responsabilidade técnica. O Hospital Infantil Noaldo Leite também foi autuado por falta de assistência farmacêutica plena, pois possui farmacêutico apenas no turno da tarde.
Entre os estabelecimentos comerciais, a Via Varejo, Casa Nova e Grupo Barbosa não apresentaram alvará de funcionamento nem certificado do corpo de bombeiros. O Magazine Luiza foi constatada falta de precificação, diversos produtos sem preços. Na Copauto e no Armazém Paraíba, o certificado do Corpo de Bombeiros estava vencido. Já na Nova Vale, havia veículos sem precificação.
A operação contou ainda com o apoio das Polícias Civil e Militar.