A autópsia do corpo do atirador de Dayton, que no dia 4 de agosto matou nove pessoas antes de ser abatido, revelou a presença de cocaína, álcool e um tranquilizante, informou nesta quinta-feira (15) o legista do condado de Montgomery, Kent Harshbarger.
De acordo com o especialista, também foram encontrados um cachimbo e uma bolsa com cocaína que o suposto autor dos disparos levava. Ele usava uma máscara e um colete à prova de balas quando, na madrugada do dia 4, começou a disparar em frente a um bar em Dayton, cidade de 170 mil habitantes no sudoeste do estado de Ohio, no centro-oeste dos EUA.
Em entrevista coletiva, Harshbarger explicou que, além do entorpecente e do álcool, no corpo foi identificado um remédio usado para tratar transtornos de ansiedade e pânico.
As investigações indicaram que outras duas pessoas foram atingidas por tiros da polícia, que tentava abater o atirador. Uma delas morreu, embora o legista afirme que a causa foi um disparo anterior.
Segundo o médico legista, todos os mortos "sofreram ferimentos de bala ou ferimentos mortais pela arma" do atirador. O chefe da polícia de Dayton, Richard Biehl, lamentou o ocorrido com algumas das vítimas.
"Lamentamos muito que a nossa resposta tenha causado danos a estas vítimas, nos consola que nenhum de nossos disparos tenha causado a morte de uma dessas pessoas inocentes", declarou Biehl, de acordo com a conta da polícia de Dayton no Twitter.
O suposto atirador não tinha antecedentes criminais e só havia sido multado por excesso de velocidade. No entanto, em entrevistas à imprensa local, pessoas que estudaram com ele o classificaram como uma pessoa conflituosa.
Esses ex-colegas disseram que ele tinha sido punido enquanto estudava por ter elaborado duas listas: uma com as pessoas que queria matar e outra com as meninas às que queria estuprar.
O ataque em Dayton ocorreu horas após um homem de 21 anos abrir fogo e causar 22 mortes em um shopping em El Paso, cidade do Texas que faz fronteira com o México.