É notório o esforço desmedido das oposições para promover um rompimento político entre o governador João Azevedo e o seu antecessor Ricardo Coutinho. O noticiário, os comentários de alguns segmentos da imprensa e o comportamento de alguns oposicionistas evidenciam a estratégia oposicionista.
A oposição tem razão e está certa na sua estratégia. Afinal, um racha político do governador com o seu antecessor seria a única esperança de as oposições lograrem êxito nas eleições de 2020, nos maiores colégios eleitorais da Paraíba e, portanto, de armar um novo cenário para a sucessão estadual em 2022.
Pelo menos é o que a lógica sugere. Afinal, as oposições saíram das eleições de 2018 em frangalhos, suas principais lideranças foram esmagadas nas urnas. E, tudo isso, depois de um espetáculo deprimente de bate-cabeça que se deu no âmbito oposicionista no processo eleitoral do ano passado. Foi uma lambança sem limites.
Enquanto as oposições depositam suas esperanças num rompimento, a situação deita-se em berço esplêndido. Tem o Governo do Estado nas mãos, e um nome fortíssimo para disputar a prefeitura de João Pessoa, no caso o ex-prefeito e ex-governador Ricardo Coutinho, além de outros nomes como o do deputado federal Gervásio Maia.
Por situação leia-se o PSB, partido do governador João Azevedo e do seu antecessor Ricardo Coutinho. Um grupo muito forte, e mais forte ainda diante da fraqueza das oposições que procuram, com lupa, um candidato para disputar a prefeitura do maior colégio eleitoral do Estado, João Pessoa.
Outra chance
Afora torcer e trabalhar pelo rompimento de João Azevedo com Ricardo Coutinho, a outra chance a qual as oposições se apegam estaria na Operação Calvário, caso o seu desdobramento traga complicações para o ex-governador Ricardo Coutinho a ponto de torná-lo inelegível. Ou numa cassação de mandato de João Azevedo, o que parece uma possibilidade extremamente remota.