O empresário Josivan Silva, que tinha sido preso na Operação Famintos e solto após fim do prazo da prisão temporária, foi preso na segunda-feira (12) após a Justiça determinar sua prisão preventiva. De acordo com a Polícia Federal, a nova prisão do empresário foi determinada após indícios de que Josivan Silva teria apagado provas, comprometendo as investigações.
‘Famintos’: entenda operação sobre fraude em verba da merenda de Campina Grande
Operação Famintos foi desencadeada no dia 24 de julho em Campina Grande e outras cidades da Paraíba. Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria-Geral da União investigam esquema de desvios de recursos federais do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), geridos pela Prefeitura de Campina Grande. O prejuízo ultrapassa R$ 2,3 milhões. Foram presos 13 suspeitos, incluindo gestores municipais e empresário.
Josivan Silva é dono de uma padaria que teria vencido várias licitações com a Prefeitura de Campina Grande. Conforme a decisão do juiz Vinícius Costa Vidor, três dias após deflagração da operação, o empresário se valeu do fato da defensora dele ter tido acesso ao processo e recebeu a informação de que haveria busca e apreensão em seu aparelho celular.
“Josivan Silva retirou o chip de seu aparelho para novo aparelho e descartou o aparelho anterior, destruindo as provas do conluio nele contidas”, relatou o juiz.
No dia 2 de agosto, a 4ª Vara da Justiça Federal em Campina Grande decretou as prisões preventivas de seis empresários investigados durante a Operação Famintos, que investiga fraudes na merenda escolar e em licitações da prefeitura de Campina Grande. No total, 13 dos 14 alvos tinham sido presos temporariamente no dia 24 de julho. Josivan Silva se torna, desta forma, o sétimo preso preventivamente.
Lista dos alvos que seguem presos
Frederico Brito Lira,
Luis Carlos Ferreira de Brito Lira,
Flávio Souza Maia,
Severino Roberto Maia de Miranda,
Kátia Suênia Macedo Maia
Marco Antônio Querino da Silva
Josivan Silva
À época, o juiz Vinicius Costa Vidor alegou a necessidade de garantia da ordem pública e considerou que há indícios de que os crimes investigados foram praticados em outras cidades da Paraíba, por isso a determinação da prisão por tempo indeterminado para assegurar que o suposto esquema não tenha continuidade.