A Paraíba tem mais de 11 mil casos prováveis de dengue, de acordo com o boletim epidemiológico nº 08, divulgado nesta sexta-feira (2). Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) recomenda busca ativa para detecção precoce e evitar o agravamento da situação.
De acordo com a Secretaria, já foram notificados 36 mortes por arboviroses – doenças provocadas pelo mosquito Aedes Aegypti. Cinco casos foram confirmados para dengue; um para zika e um para chinkugunya; 16 foram descartados e 13 óbitos continuam sendo investigados pela SES.
O boletim apresento ainda dados do Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa). De acordo com o trabalho do LIRAa, foi constatado que 61,26% dos municípios (136) paraibanos estão em situação de alerta.
Conforme os dados, tanto a dengue quanto a chinkungunya registraram aumento em relação a 2018. Até a 28ª Semana Epidemiológica de 2019, foram registrados 11.258 casos prováveis de dengue. Quando comparados aos dados do mesmo período de 2018, com 8.458 casos prováveis, observa-se um aumento de 33,10%.
De acordo com a SES, em relação à chikungunya, foram notificados 860 casos prováveis, o que corresponde a um aumento de 18,78%, em relação a 2018, quando houve registro de 724 casos prováveis. Quanto à zika, foram notificados 248 casos, o mesmo quantitativo de casos prováveis do ano de 2018.
A predominância de casos notificados das arboviroses concentra-se nos municípios de Princesa Isabel, São José de Princesa e Juru, da 11ª Região de Saúde; Lucena, Caaporã e Conde, da 1ª Região; Areia, Esperança e Alagoa Nova, da 3ª; São Sebastião do Umbuzeiro, Prata e Monteiro, da 5ª e Teixeira, Matureia e São José do Sabugi, da 6ª Região.
De acordo com o gráfico do boletim, podem ser observados picos de casos nos meses de abril e maio, reduzindo a partir de junho. Diante da constatação, a gerente de Vigilância em Saúde da SES, Talita Tavares, faz um alerta aos municípios.
“As ações planejadas nos municípios, para o primeiro semestre, devem ser mantidas também para o segundo, pois em muitos locais continuam as chuvas em grande volume, o que proporciona acúmulo de água que favorece a existência de focos do vetor”.