Em sete anos, a Paraíba teve 13 casos confirmados de tráfico de pessoas, em que as denúncias foram feitas através de do ‘Disque 100’. Os dados foram divulgados pelo Ministério de Desenvolvimento Humano, na última sexta-feira (19), e mostram que em todo o país foram 159 denúncias que resultaram em 170 violações só em 2018.
De acordo com o levantamento, os casos de tráfico de pessoas para exploração sexual no próprio país são os que lideram, com cinco notificações. A exploração sexual de forma internacional também foi alvo de duas denúncias neste período.
Uma ocorrência de tráfico para fins de adoção foi registrada em 2012 e no ano de 2018, houve caso de trabalho escravo. Em 2017 não há denúncias de tráfico de pessoas registradas na Paraíba. Os dados também apontam que idade dos suspeitos varia entre 25 a 50 anos e que o suspeito é, na maior parte dos casos, desconhecido pela vítima.
Para a ministra Damares Alves, é preciso alertar a sociedade sobre este ‘crime velado’ que coloca em risco a vida e a dignidade das pessoas. “Temos que estar atentos para combater e denunciar estas situações”, afirma.
Segundo a titular do MMFDH, os dados do balanço ressaltam a importância da sensibilização dos governos federal, estaduais e municipais, além da população em geral, “para que busquemos, com mais força, soluções eficazes no combate a esse crime”.
Disque 100
Oferecido pelo MMFDH, o Disque 100 é um serviço de discagem direta e gratuita disponível para todo o Brasil. A ferramenta também pode ser acionada por meio do aplicativo Proteja Brasil.
O serviço tem como função acatar e encaminhar denúncias de violações de direitos humanos envolvendo crianças e adolescentes, pessoas idosas, pessoa com deficiência, população em situação de rua, população LGBT, igualdade racial, pessoas em privação de liberdade, conflitos agrários e urbanos, demandas indígenas, entre outros.