Uma investigação da delegacia de Coremas sobre dois homicídios ocorridos na cidade resultou exitosa, graças a um exame de confronto balístico realizado pelo instituto de criminalística de João Pessoa em um revólver apreendido em poder de João Antônio Alves Lima, conhecido por Ceará, preso em flagrante durante um roubo na cidade cearense de Várzea Alegre em fevereiro de 2016.
Ceará, que fazia parte de uma organização que atuava na prática de roubos, homicídios e tráfico de drogas em Coremas e região, fugiu da cidade coremense depois que a delegada à época, Silvia Alencar, e sua equipe conseguiram desbaratar a quadrilha e prender parte dos seus integrantes.
Ao tomar conhecimento da prisão de Ceará em Várzea Alegre, meses depois da fuga de Coremas, a delegada requereu a arma do acusado e encaminhou-a à criminalística da Polícia Científica. O laudo da perícia balística chegou somente na semana passada à delegacia coremense, mais de três anos depois da requisição do exame.
O resultado mostra que saiu da arma de João Antônio, o Ceará, as balas que mataram duas pessoas em Coremas: Edilson Ferreira Gomes, vulgo Aleijado de Preto, em 29 de dezembro de 2015, no rio Turbina, e Maciel Reinaldo Fialho Vieira, morto em 26 de janeiro de 2016 em uma emboscada quando chegava em casa. Conforme um agente de investigação da delegacia, não há dúvidas de que Ceará é o autor dos assassinatos, mas o problema é que ele atualmente encontra-se solto e ninguém sabe por onde.
Apesar da prisão em flagrante em Várzea Alegre e um mandado de prisão da Justiça de Coremas, onde também já responde por uma tentativa de homicídio, o homem, extremamente perigoso, terminou solto, possivelmente por um equívoco do judiciário cearense. Agora, diante das provas materiais de que ele foi também o autor dos dois homicídios na cidade coremense, a Polícia Civil de Coremas deverá pedir mais uma prisão para o acusado.