Com 379 votos a favor e 131 contra, a Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira (10), o texto-base da reforma da Previdência. A votação ocorreu após mais de oito horas de debates. Agora, a reforma será submetida a uma segunda votação na Câmara. Depois, serão mais duas votações no Senado.
Os parlamentares ainda precisam analisar emendas e destaques apresentados pelos partidos para tentar alterar pontos específicos do texto-base. Até o momento, são 19 pedidos de modificação no texto principal, sendo que seis deles alteram trechos importantes da reforma.
Um dos destaques pertence ao paraibano e líder do PL, Welligton Roberto, que defende que os professores fiquem fora da reforma. Nesta quarta, ele pediu que todos partidos aprovem a alteração proposta. “Não tivemos sucesso na Comissão Especial”, analisou o parlamentar.
Os destaques mais aguardados são o que aumenta a aposentadoria para as trabalhadoras da iniciativa privada e o que suaviza as regras de aposentadorias para policiais e agentes de segurança que servem à União.
Os paraibanos Damião Feliciano (PDT), Frei Anastácio (PT) e Gervásio Maia (PSB) e Hugo Mota (PRB) votaram contra a medida. Por outro lado, os deputados Efraim Filho (DEM), Ruy Carneiro (PSDB), Edna Henrique (PSDB), Wellington Roberto (PL), Pedro Cunha Lima (PSDB), Julian Lemos (PSL), Wilson Santiago (PTB) foram a favor da reforma.
O debate do texto principal foi aberto por volta das 17h, quando a Câmara rejeitou o último requerimento de retirada de pauta da reforma da Previdência. Nas últimas horas, os líderes dos partidos estavam encaminhando as orientações para as bancadas.