Uma mulher e um homem, que seriam amantes, foram presos por suspeita de matarem o marido dela, em Belo Horizonte. De acordo com a polícia, a mulher é suspeita de ser a mandante do crime e teria pagado R$ 50 de transporte para os executores.
As prisões foram no dia 2 de julho, no mesmo dia que Joaniz Divino de Almeida, de 32 anos, foi morto em casa, na Região do Barreiro.
Segundo a delegada Bianca Mondaini, Luciane Araújo Silva, de 37 anos, era casada com Joaniz e combinou o crime com Samuel Felipe da Paixão, de 18 anos, com quem tinha um relacionamento há cerca de seis meses. A Samuel, Luciane dizia que era constantemente agredida pelo marido.
A motivação para Luciane ser mandante do crime, ainda de acordo com a delegada, era um seguro de vida de R$ 30 mil e uma casa em fase final de construção em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O imóvel foi avaliado em R$ 300 mil.
Para a execução, Samuel teria chamado uns conhecidos dele na Pedreira Prado Lopes, uma favela na Região Noroeste de Belo Horizonte, porque ele não teria coragem de matar.
No dia do crime, ainda de acordo com o que Luciane contou à polícia, a casa onde Luciane morava com Joaniz foi invadida por criminosos que a ameaçaram e a obrigaram a sair do imóvel, por volta das 11h.
As investigações revelaram que Luciane saiu da casa e deixou o marido com os criminosos, parou em um bar para beber e depois foi em um bairro distante para comprar um guarda-roupa para a casa nova.
Samuel da Paixão, de 18 anos, foi preso por envolvimento na morte do marido da amante
Perto das 16h, quando voltou para casa, ela encontrou o corpo do marido na sala. A delegada diz que, ao invés de ligar para polícia ou para o Samu, Luciane chamou o irmão de Joaniz. Quando ele chegou, ela disse que iria se deitar porque estava muito cansada. Luciane e Samuel foram presos ainda na terça-feira (2).
À imprensa, nesta quarta-feira (10), Samuel confirmou que contratou os conhecidos para matar o marido de Luciane, com quem tinha uma “amizade colorida”. Ele nega ter participado efetivamente da execução, mas disse não se arrepender justamente porque não matou.
Já Luciane disse aos jornalistas que se Samuel matou o marido dela porque ele “gosta de matar”.
A delegada informou que as investigações continuam. Luciane pode responder por homicídio triplamente qualificado e pode pegar prisão de 12 a 30 anos.