A seleção brasileira está nas mãos de Tite. Não só pelo comando técnico, mas pela dificuldade que a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) encontraria caso se confirme o tão falado pedido de demissão do treinador. O título da Copa América no último domingo (7), em pleno Maracanã, só deu mais motivos para que Tite siga o trabalho ao seu modo ou seria fim da linha.
Evidentemente, até pela sua repetida ética, Tite não deve confrontar o presidente da entidade, Rogério Caboclo, para escolher os nomes que bem entende. Mas, como disse em um rápido bate-papo com os jornalistas após o título, todos os “novos nomes devem ser de consenso” entre o que sobrou da comissão e a direção da CBF. O auxiliar Sylvinho e o analista Fernando Lázaro aceitaram as propostas do Lyon-FRA.
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Mas o cargo, ou nome, de maior discussão seria em torno do substituto do coordenador de seleções Edu Gaspar. O profissional está prestes a confirmar sua saída da seleção brasileira e assumir um cargo na diretoria do Arsenal-ING, clube pelo qual inclusive jogou de 2001 a 2005. Juninho Paulista, também ex-jogador e recém admitido como diretor de desenvolvimento, é o nome mais falado para assumir.
Em paralelo a isso, ainda haveria uma proposta da China para Tite, hoje com 58 anos. Os valores, e aí não se sabe ao certo se para a seleção local ou para um clube, estaria em um daqueles caminhões de dinheiro que o futebol por lá costuma a pagar. Da primeira vez que perguntado no Rio, Tite disse não cravou que fica. Depois, passou a dizer que já havia falado sobre o assunto.
"Dois mil e vinte e dois é o contrato. Após a Copa do Mundo. É o contrato que o Tite mantém com a CBF", disse.
Tite assumiu quando a seleção brasileira era terra arrasada depois do trabalho de Dunga de setembro de 2014 a junho de 2016. Para ficar só em termos de Eliminatórias da Copa, a equipe verde-amarela era a sexta colocada a corria o risco de ficar fora da Rússia 2018. No Mundial, o time esteve aquém do esperado e foi eliminado nas quartas de final.
Caso deixe o cargo de técnico, os nomes ventilados sem muita força na seleção são de Renato Gaúcho e Mano Menezes. Um treinador estrangeiro passa longe dos planos da CBF.