Apesar da frustração por ser eliminada pelo Brasil, a seleção argentina quer usar força máxima na disputa do terceiro lugar da Copa América. Após a derrota para os anfitriões, há motivos para que a equipe veja com ambição o duelo de sábado, na Arena Corinthians, contra o Chile.
De acordo com o diário "Olé", os jogadores querem deixar uma boa impressão na despedida. Por isso, nada de liberar figuras como Messi ou Sergio Agüero, dois dos principais nomes nesta convocação. As únicas ausências serão os suspensos Acuña e Lautaro Martínez.
Lautaro, inclusive, não terá chance de se isolar como artilheiro da competição, já que tem dois gols, assim como outros 12 atletas. Lo Celso, Agüero e Messi têm um cada, e podem, pelo menos, empatar com o atacante da Inter de Milão (ITA). Lo Celso, inclusive, é candidato a uma das duas vagas abertas no time.
Um bom desempenho para encerrar a Copa América é também importante para o técnico Lionel Scaloni. Escolhido depois de a federação do país não conseguir contratar Diego Simeone, Marcelo Gallardo ou Maurício Pochettino, ele ainda tenta tirar a imagem de "tampão" que lhe cerca.
Scaloni foi promovido para substituir Jorge Sampaoli após a trágica campanha na Copa do Mundo de 2018 – ele era auxiliar do atual comandante do Santos. Sua escolha foi considerada como uma chance de renovar a seleção depois de uma campanha ruim e das recusas de favoritos ao cargo.
Apesar de a eliminação na semifinal da Copa América ter feito a Argentina completar um jejum de 26 anos sem conquistar um título (o último foi a edição de 1993), a arbitragem foi o que gerou maior reclamação no país. Derrotada por 2 a 0, a equipe bicampeã mundial criou mais chances (14 a 4) e reclamou de um pênalti não marcado em Agüero quando o jogo estava 1 a 0 para a Seleção Brasileira.
Depois do jogo deste sábado pela Copa América, o time argentino ainda disputará seis amistosos em 2019. A imprensa no país considera que até lá, Scaloni estará no comando, mas sua permanência não está garantida para as Eliminatórias do Mundial de 2022.
Os três técnicos já citados seguem como sonhos, mas dificilmente trocarão o prestígio em suas equipes para assumir uma seleção marcada pela desorganização. Scaloni, portanto, tem este segundo semestre para mostrar que pode ser mais do que um interino.